Alisson Ampolini ingressou nos quadros da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) há mais de dez anos, mas hoje suas principais conquistas não são nos tribunais. Somente neste mês de outubro ele conquistou seis medalhas para Mato Grosso.
O advogado licenciado é atleta paralímpico e trouxe duas medalhas de prata e quatro de bronze do VIII Meeting Cearense de Natação Paralímpica. A competição contou com a participação de 170 atletas de 14 unidades federativas e o mato-grossense levou prata nas provas dos 50 e 100 metros nado peito, classe SB9, e bronze nos 50 metros nado costas, 100 metros borboleta, 400 nado livre da classe S10 e 200 metros medley, classe SM10.
Organizado pela Federação Cearense de Desportos Aquáticos (FCDA) e Associação Cearense de Esporte Adaptado (Acea), o evento aconteceu nos dias 15 e 16 de outubro em Fortaleza.
“Consegui melhorar seis marcas pessoais e representar mais uma vez a natação paralímpica estadual, tarefa ainda solitária, mas recompensadora pelo crescimento do esporte adaptado nacional”, comentou.
Para isso, ele concilia uma rotina de treinos seis dias por semana com o trabalho. Alisson, que atuou como advogado em Rondonópolis, Primavera do Leste e Pedra Preta, se licenciou quando ingressou no concurso do Poder Judiciário de Mato Grosso.
Contudo, ele garante que continua acompanhando a atuação da OAB-MT, especialmente as iniciativas de apoio ao esporte, a exemplo da Corrida da Advocacia, realizada em parceria com a Caixa de Assistência dos Advogados de Mato Grosso (CAA-MT).
Alisson afirma que embora esteja emprenhado com melhores resultados na natação paralímpica, vem realizando a tarefa conciliando com sua atuação profissional, tendo em vista sua formação acadêmica.
Focado no circuito nacional, ele comenta que a classificação para o índice nacional é bem difícil e que praticamente todos os atletas que conseguem chegar à elite do esporte paralímpico tiveram um regime de dedicação exclusiva ao esporte. No entanto, Alisson avalia que, mesmo treinando em Mato Grosso, onde desempenha quase solitariamente a representação na natação paralímpica, é possível ser competitivo. Seu treinamento é direcionado pelo técnico Diego Calado, da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal) e supervisionado pelos instrutores de Rondonópolis.
O atleta possui agenesia de membro superior com hipodesenvolvimento de braço e antebraço esquerdo e compete em todos os estilos de nado pelas classes com menor grau de deficiência física desde 2013.
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