Mato Grosso perdeu cerca de R$ 32 milhões em 2007 com a pirataria, deixando de gerar no mínimo 160 empregos diretos. A revelação foi feita por Antonio Eduardo Mendes da Silva, da Associação Brasileira de Empresas de Software – Abes, de São Paulo, um dos palestrantes do Treinamento de Capacitação em Antipirataria, realizado no auditório da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mato Grosso. O objetivo do treinamento foi capacitar agentes públicos – policiais civis, militares, federais, rodoviários, fiscais da Receita Federal, do Estado e dos municípios a combater a pirataria.
O presidente da Comissão de Propriedade Intelectual e Direito Autoral, Geraldo da Cunha Macedo, defendeu um combate mais rigoroso às quadrilhas que violam os direitos autorais. Principalmente porque a cada dia estão se tornando mais organizadas e sofisticadas. Ele lembrou o fechamento no decorrer da semana passadda de uma gravadora clandestina de DVDs e CDs de Várzea Grande que estava colocando no mercado produtos que até técnicos no assunto teriam dificuldades de reconhecer se eram autênticos ou piratas.
“O camelô que vende os produtos piratas é o que ganha menos; quem ganha mesmo é quem está por trás da pirataria” – afirmou o palestrante Mendes da Silva. Algumas revelações feitas no decorrer do treinamento impressionaram os cerca de 150 participantes. Segundo Mendes da Silva, o mercado mundial de computadores – venda de programas, negócios, etc. – movimenta mais de US$ 1 trilhão anualmente. O Brasil figura em 13° lugar entre os países que mais movimentam dinheiro no mercado.de software. Revelou o palestrante que o mercado brasileiro movimentou em 2007 US$ 9,09 bilhões.
O evento foi promovido pelo Ministério da Justiça e apoio da Comissão de Propriedade Intelectual e Direito Autoral da OAB, Business Software Alliance (BSA) e Entertainment Software Association (ESA). A abertura do treinamento foi feita pela presidenta da Escola Superior de Advocacia da OAB, Luciana Serafim.